A Quinta Vergara é um parque da comuna de Viña del Mar onde está localizado o palácio Vergara, com seus jardins, e o anfiteatro onde anualmente se realiza o Festival Internacional da Canção de Viña del Mar.

Neste local ficava a casa do fundador de Viña del Mar, José Francisco Vergara. A família Vergara construiu um edifício de estilo gótico veneziano em 1910 para substituir a mansão da família que desabou no terremoto de 1906. A maior parte dos móveis foi comprada diretamente na Europa e pode-se ver uma grande variedade de estilos, sendo os mais atraentes o Rococó, Louis XVI e Império.

No parque existe uma série de espécies exóticas trazidas da Ásia, Austrália e Califórnia, ali introduzidas no século XIX, quando ainda era a Fazenda das Sete Irmãs, para conforto dos seus proprietários.

Em 1941 a Câmara Municipal de Viña del Mar comprou o palácio com o parque, que passou a ser de uso público, enquanto o edifício foi destinado ao Museu e Escola de Belas Artes. As pinturas a óleo de propriedade de Blanca Vergara foram doadas na venda. 60 obras de artistas europeus proeminentes formaram a base da coleção.

Nos jardins do parque encontram-se algumas esculturas, entre as quais se destaca o busto de Gabriela Mistral, realizado e doado pela artista Nina Anguita por ocasião do Prémio Nobel obtido pela poetisa em 1945.

Festival da Vinha

Após o sucesso do primeiro Festival da Canção de Viña del Mar, realizado entre 21 e 28 de fevereiro de 1960,1 decidiu-se construir um palco mais estável do que o então existente. Em 1963 foi projectado pelo arquitecto Hernando López, enquanto a construção foi executada pelo construtor civil Juan Pinto Delgado.

O resultado foi um anfiteatro na Quinta, cujo palco de madeira foi coroado por uma “concha acústica” que ajudou tanto a projectar o som para o público como a proteger os artistas das noites frias de Viñamarina, tornando-se num ícone do festival. O público sentou-se em cadeiras de madeira no chão de terra batida e muitos espectadores localizaram-se nas colinas adjacentes à Quinta e no topo das árvores próximas, conferindo um ar provinciano ao evento.

Foi remodelado em 2002 pelo arquitecto Borja Huidobro, que substituiu a “concha acústica” por um anfiteatro fechado, simulando um coliseu, em betão maciço, com capacidade para mais de 15.000 espectadores.